Quando decidi publicar meu primeiro livro de forma independente, achei que a parte mais difícil seria escrever. E, de certa forma, foi. Mas o que vem depois — a publicação, a divulgação, a construção de uma presença como autor — exigiu um outro tipo de aprendizado. Mais prático. Mais estratégico. E, às vezes, mais frustrante também.
Aqui vai o que aprendi até aqui. Se você está pensando em publicar seu próprio livro, talvez isso te ajude a evitar alguns tropeços.
1. Escrever é só metade do caminho
Finalizar o livro dá uma sensação de vitória, mas a verdade é que a jornada real começa depois. Publicar um livro é um projeto inteiro: exige preparo técnico, emocional e, principalmente, consistência.
2. A capa vende o livro — sim, até o seu
Pode parecer superficial, mas a capa é seu primeiro argumento de venda. Precisa provocar interesse, transmitir o tom certo e se destacar nas vitrines digitais. Leitor nenhum vai descobrir a profundidade do seu texto se a embalagem não convida ao clique.
3. Você precisa pensar como editor
Publicar por conta própria significa tomar todas as decisões de um editor: formato, revisão, ISBN, preço, descrição, ficha catalográfica. E essas decisões não podem ser emocionais — precisam ser estratégicas.
4. Algoritmo não faz milagre
Seu livro pode estar na Amazon ou no Clube de Autores, mas se ninguém souber que ele existe, ninguém vai comprá-lo. O algoritmo precisa de movimento para funcionar. E esse movimento, no começo, tem que vir de você.
5. Seu nome é uma marca
Você, como autor, é uma marca. E precisa ser apresentado como tal. Isso envolve identidade visual, bio coerente, site atualizado, redes sociais ativas — e, principalmente, conteúdo relevante.
6. O site da editora é seu território
Enquanto as redes mudam regras e visibilidade o tempo todo, o site é seu. Aqui você pode contar sua história, divulgar seus livros, publicar conteúdos que ajudam a atrair leitores reais. É onde a Editora Reboot começou a ganhar forma.
7. Comece pequeno — mas comece
No início, a newsletter tinha dois nomes: o meu e o da minha esposa. Mas isso não importa. O que importa é criar o hábito, estruturar o canal, plantar a semente. Porque quando os leitores começarem a chegar, você já estará pronto.
8. Resenhas precisam ser provocadas
Ninguém deixa uma resenha por mágica. É preciso pedir, incentivar, lembrar. Cada review conta — especialmente no começo. E elas influenciam muito mais do que você imagina.
9. Impulsionar só funciona com base sólida
Fazer um post patrocinado sem ter conteúdo de verdade é jogar dinheiro fora. Aprendi que só vale a pena impulsionar quando o conteúdo já está bom e há uma sequência de posts que sustentam o interesse.
10. É um jogo de longo prazo
Nada explode no primeiro mês. E tudo bem. Escrever, publicar, encontrar leitores — é tudo parte de uma construção. Aos poucos, você começa a ser lido por quem realmente importa.
11. Dá pra fazer tudo — mas não precisa fazer sozinho
Eu revisei, diagramei, criei as capas, configurei o site, escrevi os textos, montei a newsletter… E sim, é possível. Mas ter ajuda (seja profissional, técnica ou criativa) não só melhora o resultado, como torna o processo mais leve.

Se você está pensando em publicar seu livro, prepare-se: não é simples. Mas é possível. E, acima de tudo, é libertador.
A Editora Reboot nasceu justamente disso: da vontade de fazer do nosso jeito. Com controle total, com coragem de errar e com a certeza de que cada passo vale a pena.